
O futebol moderno, da forma como é conhecida e praticada atualmente, tem sua origem nas terras inglesas, no século XIX. Apesar desse fato histórico, a paixão pelo esporte ultrapassa fronteiras e aquece diariamente os corações dos brasileiros, tornando-se também uma ferramenta de inclusão e desenvolvimento social. Seguindo esse propósito, a Humana Brasil promove a sua escolinha de futebol em aldeias indígenas de Paranhos-MS, por meio do Projeto Futebol Indígena.
A iniciativa está transformando positivamente a vida de 107 crianças e adolescentes, ou melhor, de futuros atletas profissionais. Nas aldeias Arroyo Korá, Paraguassu e Pirajuí, os participantes estão adquirindo habilidades essenciais como coordenação motora, condução de bola e posicionamento em campo. Os atletas também melhoram as condições físicas e obtêm uma vida mais saudável ao praticarem a modalidade, enquanto se tornam protagonistas de suas histórias.

Os campos, já existentes nas comunidades, ganharam uma nova vida e passaram a ser frequentemente ativos para a prática esportiva graças às reformas e mutirões de limpeza realizados pelo projeto. O Futebol Indígena também busca estimular a atividade como instrumento educacional para disseminação de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, além de preservar e celebrar a cultura indígena.

Para o professor do projeto, Itamar Bernardo, o empenho dos participantes fortalece o seu desejo de continuar progredindo com a iniciativa. “O projeto tem um papel importante nessas aldeias, pois há muitas crianças que nunca tiveram a oportunidade que estão tendo agora, como a de treinar com material adequado, uniforme e chuteiras. Existem muitos talentos nessas comunidades que estão se descobrindo no mundo do futebol. Temos, inclusive, alguns participantes que já representam suas comunidades em eventos esportivos”, conta Itamar.

Um desses inúmeros talentos revelados é Karine Arce, da aldeia Paraguassu, que está entusiasmada com os treinos. “O projeto está sendo bom, os treinos estão indo bem, e eu gosto muito do projeto. Estou tentando mostrar o meu melhor, espero que dê certo, que continue assim e melhore cada vez mais”, afirma a jovem atleta de 14 anos.

Além das práticas esportivas, o projeto conta com uma equipe multidisciplinar que incentiva práticas sustentáveis com momentos verdes. Nos meses de julho e agosto, os participantes plantaram mudas de árvores em suas aldeias. Essa ação é uma estratégia para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, ajudando também a manter a biodiversidade e a resiliência dos ecossistemas, combinando a autonomia das aldeias indígenas com a conservação ambiental.
O Projeto Futebol Indígena é uma realização da Humana Brasil via Lei de Incentivo ao Esporte, com a parceria do Ministério do Esporte e da Drogasil.